Uma carreira decente, decentemente encerrada; três vivas para o velho
Chips, gritaram todos naquele ruidoso jantar de fim de ano letivo.
Com efeito, três vivas; mas outros mais viriam, um epílogo insuspeitado,
um bis dedicado a um auditório trágico.
(HILTON, James. Goodbye, Mr. Chips, pag. 13)
Mr. Arthur Chipping é um
professor em Brookfield que mora na pensão de Mrs. Wickett. Já velho, porém não
doente, relembra seus dias na escola, sempre falando Latim e fazendo piadas
para seus alunos homens. Adeus, Mr. Chips (Goodbye, Mr. Chilçlops), de James
Hilton, escrito em 1933 na Inglaterra, é um livro que diz adeus a uma das
pessoas que viu a escola nascer e se desenvolver, passar por bons e maus
momentos. É sobre um homem que viveu o bastante para presenciar a Guerra Franco-Prussiana, a I Guerra Mundial e ensinar gerações de alunos.
James Hilton criou um homem simpático, um livro inspirador. De poucas
páginas, linguagem simples, foi lido rapidamente e deixou algo especial. Uma
vida, vista por outros um tanto quanto solitária, na verdade foi vivida para os
outros, para o divertimento de jovens alunos, da mulher, Katherine, com quem se
casou em certo momento, a mulher que na véspera de casamento disse “Goodbye,
Mr. Chips”.
Adeus, Mr. Chips, o livro aqui resenhado |
(HILTON, James. Goodbye, Mr. Chips, pag. 29)
Tendo começado a
lecionar em Brookfield em 1870, Mr. Chips, assim apelidado, é uma homenagem do
autor ao seu pai, que foi professor, e um tributo à profissão de lecionar.
Escrito em apenas quatro dias por um homem com trinta e três anos, Adeus, Mr.
Chips foi primeiro lançado na Inglaterra em 1934 e quando aterrissou o
território americano fez tanto sucesso que estabilizou o autor por toda a sua
vida.
Em 1939 foi lançado o filme de mesmo nome, dirigido por Sam Wood e
estrelado por Robert Donat, como Mr. Chips, Greer Garson como Katherine,
recebendo Oscar por Melhor Ator e sendo indicado no mesmo prêmio para Melhor
Filme, Melhor Atriz, Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor Trilha Sonora e
Melhor Edição de Filme.
Pela primeira vez em sua vida Chips
se sentiu necessário
— e necessário a algo que estava muito perto de seu
coração.
Não há no mundo sensação mais sublime e por fim ele a tinha.
(HILTON, James. Goodbye, Mr. Chips, pag. 92)
Escrito por MsBrown
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