— Imaginar é tão fácil que, se você começar, não poderá mais parar!
(BURNETT. A Princesinha.)
Livro de Frances Hodgson Burnett, A Princesinha (The Little Princess), de 1905, é sobre uma garotinha rica de sete anos, chamada Sara Crewe, que adora imaginar histórias. Ela é orfã de mãe e passou a infância na Índia e agora está de volta à Inglaterra para estudar no internato para garotas da Miss Minchin. O pai de Sara, o capitão Crewe, faz tudo para agradar a filha, mas chega a hora de se separarem, já que ele precisa voltar à Índia para tratar do negócio de explorar jazidas de diamantes. Miss Minchin, ambiciosa, apenas tratava Sara bem por causa do dinheiro dela, porém a detestava por sempre se mostrar superior em suas atitudes.
No internato, de início, Sara faz amizades com algumas garotas (Ermengada, Lottie e outras), embora seja menosprezada por Lavínia, uma menina invejosa da popularidade de Sara. Sara Crewe conhece a empregada Becky, que é uma garota da mesma idade, tratada como escrava pela Miss Minchin, e faz amizade com ela, apesar de ser arriscado.
— (...) Sou uma menina igual a você. É um mero acaso que uma
de nós tenha nascido rica, e a outra, pobre.
(BURNETT. A Princesinha.)
Certo dia a diretora do internato é visitada pelo advogado do pai de Sara, e recebe a decepcionante notícia de que, além de morto, o Capitão Crewe faliu, deixando absolutamente nada para Sara. Miss Minchin no mesmo dia proclama Sara como sua empregada, a manda morar no sótão, ao lado de Becky, onde há ratos e tudo é feio e desconfortável. Sara está arrasada pela morte do pai e, como se tudo não estivesse horrível, ainda tem que ser empregada. Começa a ser tratada diferente pelas outras crianças, mas, gradualmente, algumas amigas entendem a situação de Sara e voltam a falar com ela. Sara tenta encarar a situação como uma princesa, e para isso é preciso muita imaginação. O laço entre ela e Becky se fortalece.As difíceis condições em que Sara está vivendo a faz entender pelo que Becky passou e isso a torna uma criança melhor.
Dias depois muda-se para o prédio ao lado do internato um indiano rico e doente. Sara pode observá-lo pelo sótão e tem que devolver o macaquinho do indiano que insiste em ir ao sótão. É claro que o indiano procura por algo, ou uma pessoa.
A Princesinha, de Frances H. Burnett, lançado em 1905 |
É uma dessas histórias doces que encantam não apenas as crianças, mas pessoas de todas as idades. Sara é inspiradora pois desde o começo do livro mostra-se ser boa, e só consegue melhorar com as dificuldades, sempre esperando que algo melhor aconteça para salvá-la e a Becky.
A Princesinha me encantou pela imaginação da criança que, mesmo nos momentos difíceis, buscava a magia na imaginação. Sinceramente, não tenho o que reclamar do livro. Tudo foi muito bem explicado, simples e tocante.
A Princesinha foi transformado em filme em 1995, dirigido por Alfonso Cuáron, com Lisel Matthews como Sara Crewe, Liam Cunningham como Capitão Crewe, Eleanor Bron como Miss Minchin no elenco. A história do filme, no entanto, está levemente alterada, com o pai de Sara indo para a Primeira Guerra Mundial, ao invés de voltar para a Índia para tratar das jazidas de diamante, mas ainda assim vale a pena assistir.
— Quando seu corpo está sofrendo, imagine uma coisa boa e pense nela
firmemente. Isso ajuda a esquecer. É uma espécie de poder mágico, Becky.
(BURNETT. A Princesinha.)
Escrito por MsBrown
Pollyanna e A princesinha são minhas histórias para garotas preferidas. Crianças e adultos podem se identificar e se inspirar com as atitudes das personagens. Incrível é que os dois livros foram lançados na mesma época.
ResponderExcluirSim, de fato. E Sara e a Pollyanna são tão otimistas que acabam irritando as pessoas. Mas os leitores com certeza as admiram.
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